segunda-feira, fevereiro 09, 2009

É melhor levar uma “bolita”, não? De quê? Bacalhau, Salpicão, vinho d’alhos,???.....

A crise parece que reina também aqui no blog. Desde Setembro que não se escrevia uma linha neste local. Não que tenham escasseado os motivos para tal, basta lembrarmo-nos de grandes organizações como a Geira Romana entre Delães e Lovios, as visitas ao Portugal Profundo na zona de Marvão, para não falar do Passeio de Natal, este ano com uma afluência record de participantes.
Tendo a participação na Maratona de Portalegre no próximo dia 2 de Maio como pano de fundo, havia que meter mãos à obra e rabo no selim para fazer a preparação para o evento.
A meteorologia tem ajudado pouco, espantando a caça e os BTTistas, que têm estado recolhidos em “vale de lençóis”.
Esta semana tinha que ser!!!
O E.F., decano destas lides, tinha um projecto engatilhado de fazer o reconhecimento do trajecto da via férrea entre VPdeA e CHV.
Espreitava-se uma janela de oportunidade na meteorologia para Sábado. O risco era grande, as dúvidas eram muitas.
Mensagens do tipo :
“Amanhã há chuva e neve …. “,
“Frio e mais frio… mas nada de chuva. Mantemos !”,
” Acho melhor levar umas brasas…”,
” Isso há na zona, senão vais à fronteira!!!”;
”Neve e estradas cortadas na zona de VPdeA. Não há aulas em algumas escolas. Levem correntes para as rodas das bicicletas….”
……………..tentaram demover este grupo de estóicos, mas em vão!

A mensagem do líder chegou!
Eram 08:00 ….

“Céu azul e frio. Até já”!

Era mesmo para avançar.

O dia estava claro. A paisagem no alto do Alvão, sobre o Minhéu, era espectacular. Acima das nuvens, os montes cobertos de um manto de neve faziam lembrar paragens lá mais para o lado dos Pirinéus.
Chegados a VPdeA, tivemos que implementar uma logística de transportes que permitisse um passeio de “Inicio e fim em locais diferentes” o que associado à escolha do equipamento adequado às condições climatéricas observadas, atrasou de alguma forma a partida.
Valeu a tal bolita que o JC levou de Lamego, já que do pequeno almoço … nem nos lembrávamos!
As recomendações aos debutantes, centravam-se na poupança de fundos que era necessário garantir para os 45Km previstos para a jornada, pois uma má gestão neste domínio poderia causar evidências “dum andar novo” no dia seguinte!

O início do percurso “foi canja”, com um piso digno duma IP. A velocidade era generosa, sentindo-se a agressividade dos 0ºC que por ali se manifestavam. Rapidamente recorremos a mais “camadas” que trazíamos de reserva no CamelBack.
Até Pedras Salgadas, as coisas foram pacíficas. A partir daí, o terreno começou a ficar pesado. O JC queixava-se de cãibras nos gémeos, constatação logo explicada pelos PRÓ’s de meia tigela, como sendo o “ácido láctico a vir à tona”. JC estava perplexo com tal novidade pondo mesmo como provável a necessidade de ser mugido para ultrapassar a situação…

Cascalho, pedras derrocadas de taludes, charcos e lama iam dificultando a progressão.
Eis senão quando, uma descida radical fez elevar os níveis de adrenalina, com um “shortcut” inventado pelo EF, fazendo evitar o meandro de Loivos.
Tínhamos então cerca de 15 Km no “lombo”. Foi então que o CA começou a perguntar se faltava ainda muito para CHV e se o resto era mais fácil!....
Nnãããoooo isto é cada vez mais fácil, é “flat”………. vozes sábias.!

Na Oura começaram os furos, mas foi a seguir a Vilarinho das Paranheiras que andamos verdadeiramente à aranhas (devia chamar-se Vilarinho das Aranheiras) quando deparamos com algumas dificuldades de continuidade do percurso.
Na cara do CA estava estampado algum desalento, logo em dia de baptismo.
Nada que não se resolva! A hipótese de travessia do rio a vau, não tinha muitos adeptos. A subida duma ravina íngreme parecia ser um mal menor, para retorno à directriz da linha do caminho de ferro.
A grande experiência e faro do líder EF eram a garantia que a decisão ia dar certo e rapidamente a marcha iria continuar.
Seguiu-se um percurso agradável ao longo do Tâmega, com o Leiranco em pano de fundo, sobre o nosso lado esquerdo.
A chegada a CHV, fez-se pela Curalha, onde se pode apreciar a antiga estação do Tâmega, impecavelmente recuperada, incluindo uma locomotiva a vapor e algum material circulante em óptimas condições de conservação.
Em CHV, o Faustino não deixou por mãos alheias (alheiras) a componente G (Gastronomia) desta jornada.
Cinco estrelas, valeu a pena!
P’rá semana há mais!

Altimetria


5 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Caros Confrades
Agora só falta fazer Vila Real V.Pouca que como diz o Eduardo mais bonita portanto temos que avançar em fazê-lo.
Senão fosse a bôla não sei se conseguiríamos ter força para esta aventura, bem haja a dita.
1 abraço e um queijo da serra
Miguel K2 Sampaio

2/09/2009 10:48 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

O S.Pedro deve detestar btt.... Acho que já nem sei pedalar! Já que estamos numa de ecovias (agrada-me) vamoslá ao próximo desafio!
Parabéns ao Vice e ao Presidente que apesar de serem da familia do Santo são de ideias fixas.
Até sábado.
Manela

2/09/2009 11:40 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

Eh pá…Parabéns ao autor do texto. Já me ri a valer… Vale mesmo…

2/09/2009 11:56 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

1º Encontro de Bicicletas Clássicas do Alentejo, 16 de Maio, Évora. Ajude-nos a divulgar e participe. Mais informações no blog: http://pasteleiraclubedoalentejo.blogspot.com
Os melhores cumprimentos.
PCA

3/19/2009 9:22 da tarde  
Anonymous Anónimo disse...

1º Encontro de Bicicletas Clássicas do Alentejo, 16 de Maio, Évora. Ajude-nos a divulgar e participe. Mais informações no blog: http://pasteleiraclubedoalentejo.blogspot.com
Os melhores cumprimentos.
PCA

3/19/2009 9:22 da tarde  

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