segunda-feira, setembro 17, 2007

Caçarelhos - 9 Setembro

Foi na segunda etapa da Travessia de Portugal da CicloNatur algures em 2004, que ficamos surpreendidos com a beleza duma povoação onde passamos, em pleno nordeste transmontano. Um cruzeiro com degraus óptimos para a fotografia de grupo da praxe, um largo com uma estrutura inédita feita em granito para albergar os feirantes (os Cabanais), junto a um edifício bem recuperado, que se veio a saber ser uma casa de turismo rural aberta há pouco tempo. Estávamos em Caçarelhos.
Passados três anos, recebemos através da velocipedi@ informação sobre a organização naquela zona dum passeio em BTT dinamizado pela trilhosBTT, denominado “Rota dos Moinhos de Água”.
Vai daí, a proposta salta para a mesa e reuniram-se as hostes compostas por sete maduros. O acampamento fez-se na Casa de Caçarelhos, local altamente recomendável.
À Paula Flores e sua equipa, da Casa de Caçarelhos vão os nossos agradecimentos pela simpatia e competência profissional que nos fizeram sentir em casa…por certo voltaremos!!!
O passeio, permitiu aos cerca de 80 participantes, percorrer as paisagens características do planalto mirandês, por cerca de 42 Km de espectaculares paisagens. Referência especial ao local escolhido para o reforço alimentar, a povoação de São Joanico, com a sua ponte medieval.
No final, fomos presenteados com umas “Tripas à moda de Caçarelhos”, iguaria que pecou por ser pesada para a ocasião, mas que nem por isso ficou no tacho.
Parabéns à organização, em especial ao Nuno Vicente.

BCG

Baptismo de mais um BCG - 2 de Setembro

É já tradição na seita que o sacrifício dos debutantes seja feito naquilo a que chamamos o “Valongo Clássico”.
Trata-se dum percurso feito nas margens do rio Ferreira utilizado por todo o BTTista que se preza, que nos foi revelado pelo “Bispo” estávamos nos anos noventa do século passado…
A versão actual, tem algumas novidades onde se destaca pela negativa a requalificação do estradão sobranceiro ao rio, agora a ser calcetado a paralelo, para bem da população local e para tristeza dos radicais domingueiros. Ficam ainda largos quilómetros de estradões e trilhos, donde se destacam as “Bossas do Dino”, qual montanha russa da BTT.
O debutante do dia foi o JP, que com a sua magnífica Canyon XC3 a estrear fazia inveja aos”mountainciclistas” do grupo, dando mostras de boa fibra para a modalidade.
Venham mais cinco !!!!

BCG

sábado, setembro 01, 2007

S. Lourenço da Montaria - 26 Agosto

S. Lourenço da Montaria, no encalço da Serra d’Arga traz-nos gratas recordações. Na realidade foi aqui que a nossa paixão pelo BTT começou a tomar forma, muito antes da génese do BCG. Estávamos em 1992, artilhados com bikes ORBITA com quadros de ferro puro e duro, já equipados com grupos Shimano Exage. Ganda pinta. Na altura, um passeio com o dedo do “Bispo” que ainda não tinha sido ordenado fez as maravilhas dumas dezenas de aventureiros com partida da Senhora do Minho, churrasco em S.João d’Arga e regresso a S. Lourenço da Montaria.
15 anos depois, recebemos um SMS do Bispo, propondo uma passeata de 25 Km com ponto de encontro no Café Montariense.
Agosto é tempo de banhos e incêndios, pouco propício a passeatas pela montanha. Este ano o S.Pedro revezou os nossos bombeiros e deu-lhe para mandar água qb.
08:00 chovia p… c…… Será que é de ir???....
O lema dos BCG’s é: “ SÓ SE DECIDE NO LOCAL”!!!
Vai daí, lá fomos para Montaria. O Bispo dizia que chuva…nem vê-la…. Devia ainda estar na cama….de janelas fechadas!
O encontro no café Montariense deu-se debaixo de chuva copiosa e vento de rajada, fazendo lembrar as reportagens da Jamaica com a passagem do “DEAN”!
A sapiência do Bispo aconselhava-nos a esperar pela aberta que chegaria daí a minutos…
Confiamos, …. saímos do café ainda debaixo de tempestade para sacar as montadas dos carros.
Partimos meio desconfiados, depois da foto de família no coreto da terra. O Presidente da Junta (???) advertia-nos para não calcarmos a relva! (tivemos alguma dificuldade em identificá-la..)
A aberta apareceu minutos depois, o que nos levou a recolher rapidamente os coloridos impermeáveis.
O tempo estava ameno, o sol descobriu, a paisagem era magnífica. A rota era bem conhecida do Bispo, o que foi uma mais valia, já que os Satélites GPS pareciam estar de folga neste domingo.
O estradão de cota em direcção a Cerquido proporcionava uma vista soberba sobre o vale do Lima. De miradouro em miradouro o grupo parava ouvindo a descrição dos vários pontos de interesse liderada pelo Bispo e coadjuvada pelo Zé Carlos, também grande conhecedor da ladainha.
Junto a Cerquido, com vista sobre a Santa Rita que afinal era a Santa Cristina estivemos a saborear umas maçãs caídas de um pomar abandonado (aquele sabor que já quase não nos lembramos com o advento da fruta normalizada dos hipermercados).
No caminho de volta deparamos com cheirinho a sardinhas assadas. A origem era uma almoçarada com muito bom aspecto que nos fez “levantar as orelhas”. Simpaticamente o cozinheiro gritou alto e em bom som, que para o pessoal havia sempre mais uma…. Já é raro encontrar-se gente assim!!!
Iniciava-se o regresso não sem que numa das inúmeras linhas de água encontrássemos um óptimo local para o lanchinho. Figos da Turquia do Carlos David e exibição de destreza BTTistica do Ismael foram os pratos fortes.
Seguiu-se a passagem pela Santa Justa, complexo religioso interessante no encalço da Serra d'Arga. Garranos e rebanhos de cabras faziam despertar-nos a atenção.
Seguiram-se dois furos do João “Mountain Cycles” Sampaio e um do Ismael (este quase reparado em segredo).
Na chegada a S.Lourenço duas velhotas aconselhavam-nos…” Vão por baixo porque por riba têm que dar às canelas!!!”. GPS para quê!!!!
Seguiu-se reunião de hidratação no Montariense, onde foi realçada a vontade de voltar.

Ao Bispo o nosso agradecimento

BCG