Trilogia de Outono

A ponte do 1ºde Novembro (para quem a pode fazer) aliada ao tempo magnífico que se tem feito sentir, constituíram os condimentos ideais para mais umas incursões por esses caminhos desconhecidos que teimosamente nos propomos desbravar.
Esta trilogia é composta por passeios com caris diverso e com um elemento comum…curtir a BTT.
Não foi fácil reunir quórum, dado que havia confrades no estrangeiro, outros a trabalhar desalmadamente e outros que optaram por BTT em terras distantes. Das três peças, apenas temos fotografias de Esposende, dada a falta dos fotógrafos habituais.

Capitulo I
Melres IV- Um Clássico

A proposta era fazer um passeio por perto, de forma a chegarmos cedo, pois havia quem tivesse que trabalhar na parte da tarde apesar de ser feriado.
A equipa do Cruz compareceu em peso, e em geral não conheciam este clássico. Trata-se de um passeio que começa na marina de Crestuma, sobe em estrada de alcatrão em direcção a norte, descendo a meia encosta da serra das Flores onde se pode deslumbrar uma paisagem magnífica sobre a albufeira da barragem de Lever-Crestuma. A segunda parte do passeio é feita num eucaliptal sem história, valendo a parte final com a descida para a marina por caminhos maltratados mas interessantes.
Chegada à marina muito cedo, valeu umas descidas de escadas em frente a Nossa Senhora e uns “Cai Bens” para retemperar forças.

Capitulo II
Esposende-Neiva – 5 Estrelas

Estava projectada uma ida ao Marão para aproveitar este dia de “ponte”. No entanto, por informação de última hora, soubemos que iríamos ter nas fileiras dois debutantes: o Paulo e a Mariana. Este facto, levou-nos a alterar os planos para algo mais apropriado para a ocasião. Optamos por voltar a Esposende, agora explorando caminhos a norte de Forjães em direcção ao rio Neiva, zona ainda não explorada.
Os preparativos, junto ao Café do Rio em Esposende foram importantes para o bom desempenho dos nossos debutantes. O passeio começa com caminhos em terreno plano por entre campos de cultivo, proporcionando um aquecimento adequado aos participantes. Segue-se a “subida da praxe”depois de Marinhas, que nos permite acesso ao planalto de Vila Chã. As descidas de S.Paio fizeram as delícias dos participantes. A Mariana mostrou o seu potencial, curvando no limite pelas bermas, de sorriso rasgado. A miúda promete!!!
A partir de Forjães era tudo novidade. E que novidade!!! Caminhos por entre vegetação densa, com piso algo técnico, levaram-nos ao rio Neiva onde nos extasiamos com enquadramentos bucólicos lindíssimos, junto às várias azenhas que fomos encontrando. Havia até quem não soubesse o que era uma azenha…!
“Tiro na mouche” ouvia-se comentar.
O regresso fez-se novamente por terrenos planos junto à orla marítima, com pisos arenosos a puxar pela musculatura do pessoal.
Chegamos ao final eram 16:30, já o tempo estava fresco, a trupe estava esfomeada…
Procuramos costelinhas na Lareira em Fão, mas não eram horas de expediente….
Alternativamente, rumamos à Apúlia onde encontramos que nos compreendesse!!! Vai daí, marcharam duas dúzias de sardinhas que ainda sabiam a mar…
Passeio espectacular, a repetir com os faltosos!!!


Capitulo III
Susão-Sobrado – Na prova por engano…

Reunir hostes para domingo, foi tarefa difícil. Apenas 4 confrades responderam ao desafio. O projecto inicial era algures pelos arredores de Barcelos. No entanto, devido à exiguidade da turma, optamos por trilhas mais próximas, desta feita em Susão, onde já não íamos há já algum tempo. Sabíamos que havia por ali um Raid organizado pelo Sobrado BTT Clube, mas não sabíamos exactamente por onde, e já era tarde para nos irmos inscrever.
Rapidamente nos apercebemos que o traçado passaria pelo track que tínhamos carregado, uma vez que havia marcas e indicações por tudo quanto era sitio. Resolvemos ignorar o nosso track e seguir as indicações. Meus caros…aquilo eram single tracks do c……!!! Comecei logo por ir ao tapete para não me armar em esperto... Tratavam-se na realidade de caminhos muito técnicos que eu aproveitei para fazer a pé em boa parte, não fosse estragar a pintura da bike. O Zé Rodrigues curtia largo e só dizia que tínhamos que fazer aquilo mais n vezes. Tá bem meu filho…..%&!/?*#
O traçado estava espectacular e incluía pontes feitas em toros de eucalipto e até uma mini represa que proporcionava uma boas cambalhotas aos participantes para delícia das dezenas de espectadores que se encontravam no local para captar imagens das acrobacias.
No final ainda deu para ver as ultimas novidades ciclisticas, apresentadas por uma simpática pikena da CandyBike e saborear umas bifanas surripiadas duma cesta da organização, e que bem que souberam!
Parabéns à organização!
Como diz o Zé, …temos que lá voltar!